quinta-feira, 30 de junho de 2011

Juventude dom de Deus

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"Escrevo a vocês, jovens, porque são fortes: venceram o Maligno" (I João 2,13).
Estas palavras do apóstolo João demonstram que a Igreja, desde o início, teve uma atenção especial para com a juventude. Considerando-a, sempre, não como problema, mas como dom de Deus, conforme afirmou o Papa João Paulo II. Dom de Deus porque a juventude é um tempo concedido pelo Senhor como presente. É necessário, pois, não esbanjar esse dom e administrá-lo com responsabilidade a fim de que produza frutos para a vida do mundo e da própria Igreja. Mas, afinal de contas, o que é a juventude? Não é simplesmente aquela etapa da vida que corresponde a determinado número de anos.

A juventude é o tempo de procura de respostas para questões fundamentais: qual o sentido da vida? Que significa ser livre? No Evangelho, um jovem pergunta a Jesus: "Bom Mestre, o que devo fazer para possuir a vida eterna?"
A juventude é também tempo da procura do amor, que consiste em se responsabilizar pelo outro, pelo respeito à sua dignidade, pelo seu crescimento como pessoa, pela sua felicidade. É o tempo em que o jovem procura construir um projeto concreto para a vida.
Enfim, a juventude é o tempo do dever, isto é, tempo em que a pessoa se percebe, de modo intenso, responsável por si mesma, pelo bem comum da sociedade e pelo futuro do mundo. Com muita propriedade, João Paulo II afirmou que os jovens são as sentinelas do amanhã.

A Igreja está consciente de tantos perigos que hoje ameaçam, sobretudo, os jovens. Ela recorda às autoridades da Nação o dever que têm de sanar, com medidas eficazes e urgentes, os obstáculos que levam tantos jovens ao desânimo e à perda de esperança com relação ao futuro: analfabetismo, desemprego, falta de oportunidade de ingresso em escolas de boa qualidade, que os qualifiquem profissionalmente para enfrentar as exigências do mercado de trabalho.

Na mensagem que dirigiram à juventude, por ocasião da 44ª Assembléia Geral da CNBB, os Bispos renovam o compromisso de acolher os jovens e ajudá-los com novas metodologias na sua formação humana e cristã. Nossas dioceses, paróquias e comunidades se propõem a adotar instrumentos pastorais para que eles sejam não só destinatários, mas sujeitos da evangelização, sobretudo com relação ao mundo juvenil. 

A evangelização é resposta a uma busca, pois todas as pessoas, sobretudo os jovens, de modo misterioso, estão à procura de alguém que seja, de fato, Caminho, Verdade e Vida.
 Só Cristo é capaz de dar sentido profundo à nossa vida.

Para atingir este objetivo, a Igreja – inspirada nos ensinamentos do Papa Bento XVI em sua encíclica Deus Caritas Est [em português: "Deus é amor"] – quer se esforçar para ser, cada vez mais, a Igreja da Caridade, fazendo do amor o centro de sua mensagem. Fazendo do amor o ponto de encontro entre ela e os jovens.

Dom Benedito Beni


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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Solenidade dos santos Pedro e Paulo

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A celebração da Solenidade de Pedro e Paulo nos dá ocasião para aprofundar o nosso amor à Igreja e a nossa missão aos povos. Em ambos vemos a nossa missão de discípulos missionários.
Pedro e Paulo aparecem como anunciadores do Evangelho para os povos, fundadores de comunidades cristãs e testemunhas de Cristo até o martírio. A festa de hoje associa-os na fé em Cristo e na fundação da Igreja de Roma. Com especial atenção e alto valor teológico, o autor dos Atos dos Apóstolos enfatiza a sintonia entre Pedro na prisão e a comunidade cristã (At 12,1-11, primeira leitura): "Da Igreja subia fervorosamente a Deus uma oração por ele" (v. 5). A libertação milagrosa de Pedro da prisão o torna, então, livre para outros horizontes missionários.
São Paulo, na prisão, faz um balanço de sua vida (2Tm 4,6-8.17-18, segunda leitura), dá graças ao Senhor que esteve perto dele e deu-lhe força para que ele pudesse "levar a cumprimento o anúncio do Evangelho a todos e as gentes o aceitassem" (v. 17).
A liturgia deste dia nos convida a refletir sobre a fidelidade e testemunho dos dois pilares da Igreja. Pedro mostra-nos as chaves do reino, primeiro príncipe dos apóstolos. Ouvir a sua confissão, que agora pertence a nós como seguidores da mesma fé. Sentimo-nos como a fonte da nossa alegria pertencer a Cristo, a fonte da qual ele bebeu a mesma fé, o compromisso de também nos colocarmos como testemunhas. É também um dia de ação de graças a Deus, a Cristo Jesus pelos seus apóstolos, os fundadores da Igreja, nossa mãe. O que há para dizer na história da Igreja até os nossos dias, quando se vive um percurso onde as fragilidades humanas foram suplantadas pela força do Espírito. Quando em nossas escolas, universidades e livros a história é escrita excluindo a colaboração dos cristãos e até mesmo condenando a missão da Igreja, este momento de nossa liturgia é a hora de, mesmo reconhecendo as fragilidades históricas de nossas comunidades, olharmos com confiança para a missão desempenhada pelos seguidores de Cristo na construção da civilização do amor.
Temos a certeza de que ainda estamos apoiados sobre a rocha, que é o próprio Cristo, e sobre a Pedra, que é a fé do Apóstolo Pedro e de seus sucessores, e hoje do Romano Pontífice, o Papa Bento XVI. As portas do inferno, mesmo quando se manifestaram com violência contra nós, não prevaleceram. A promessa de Cristo é realizada em sua plenitude. A história de Pedro, no início fraco, arrogante e com medo, se torna depois corajoso e sem medo de dizer a verdade e a morrer como testemunho da sua fidelidade a Cristo. Isso se tornou substancialmente a história de nossa Igreja e de muitos cristãos.
Ver espalhado em libação o seu sangue é a suprema aspiração do Apóstolo, após a labuta dura de seu intenso apostolado. Ele anseia ao martírio por querer estar totalmente assimilado a Cristo e, assim, dar o supremo testemunho de fidelidade e amor. Esses dois traçam, de modo diverso, o caminho da Igreja e de todos nós: fracos como Pedro antes de Pentecostes, porém fortalecidos depois da vinda do Espírito Santo. Nós, perseguidores do Senhor como Saulo, mas depois tranfigurados pela graça. Quem sabe se estamos também  nós realmente prontos e dispostos a dar nossas vidas para Cristo?


Dom Orani João Tempesta, O. Cist.


Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ


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Momento natalício

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Papa Bento XVI
 

Cidade do Vaticano, 29 jun (RV)

 - Há 12 lustros, era chamado e confirmado pela Igreja para se tornar “alter Christus”, sacerdote, presbítero, o nosso amado Papa Bento XVI, que respondia com o sim definitivo ao chamado do Senhor. Essa resposta de quem tinha sido escolhido desde o seio de sua mãe foi sem dúvida renovada com o mesmo ardor, e intensificada como resposta ao amor primeiro em muitas ocasiões especiais e em cada um desses mais de 21.000 dias que se passaram.

A Igreja Católica inteira une-se, pela oração, ao seu Pastor Supremo neste abençoado dia 29 de junho de 2011, dia de ação de graças. O júbilo é realmente muito singular, sem dúvida, pois poucos são os que alcançam a graça de tal celebração: sessenta anos como dispensador dos mistérios da misericórdia de Deus, administrando os sacramentos, agindo como Cristo Cabeça no exercício do tria munera de santificar, governar e ensinar, participando do Sacerdócio de Cristo.

São sessenta anos reconciliando e dando o alimento e bebida da salvação, mostrando aos fiéis que a fidelidade à Palavra de Deus é o caminho para a descoberta e o cumprimento da Sua vontade.

Ordenado presbítero no dia em que a Igreja celebra em uma única festa aqueles que foram chamados a dar testemunho do seguimento do Cristo com a própria vida, Pedro e Paulo, o Romano Pontífice é chamado para o serviço de todos os irmãos, confirmando-os na fé. 

A Providência Divina fez com que o jovem Joseph se tornasse também Sucessor dos Apóstolos, como Bispo, desempenhando seu ministério como “cooperador da verdade”, e ainda a mesma Providência o faz sucessor do Apóstolo Pedro, desempenhando seu ministério, recordando-nos que Deus é amor, que fomos salvos na esperança, e que a caridade se põe em prática na verdade.


† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
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terça-feira, 28 de junho de 2011

“O mundo necessita de testemunhas do Evangelho”

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Cidade do Vaticano (Terça-feira, 28-06-2011),
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O Papa recebeu hoje em audiência particular, como anualmente acontece por ocasião da festa dos Santos Pedro e Paulo, a delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.
Em seu discurso, Bento XVI recordou o momento particular para todas as Igrejas cristãs e outras religiões será uma jornada de reflexão, diálogo e oração para a paz e a justiça no mundo, que acontecerá em Assis no próximo dia 27 de outubro sob o tema "Peregrinos na verdade, peregrinos na paz"
Em vista desse encontro com os chefes religiosos em Assis, Bento XVI reafirmou que as Igrejas cristãs devem responder com um testemunho comum da verdade do Evangelho. "Em um contexto histórico de violências, indiferença e egoísmo, tantos homens e mulheres do nosso tempo se sentem perdidos".
Ainda em seu discurso, o Papa recordou o trabalho da Comissão mista para o diálogo teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, que procede na direção "à complexidade dos temas em discussão". A perspectiva cristã lembra os pastores de "ajudar o homem no nosso tempo a encontrar a estrada que o conduz à verdade", ressaltou o Papa.
A delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla está sempre presente na festa dos santos Pedro e Paulo em Roma, e a Igreja católica retribui a delegação na festa de Santo André, que acontece no dia 30 de novembro.

Fonte: Arautos do Evangelho
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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Festa de Corpus Christi na Basilica de São João de Latrão

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O Papa Bento XVI presidiu nesta quinta-feira, 3, a celebração da Missa da solenidade de “Corpus Christi”, na Basílica de São João de Latrão, em Roma. Uma celebração bastante esperada já que em Roma, ela tem uma particularidade: Em todo o pais, só o Papa celebra a solenidade na quinta-feira. As demais dioceses da Italia celebram o Corpus Christi no domingo.


Na homilia, o Santo Padre propôs aos fiéis uma meditação sobre a relação existente entre a Eucaristia e o Sacerdócio de Cristo. O Papa salientou que, na Última Ceia, Jesus transforma o pão e o vinho no seu próprio Corpo e Sangue, para que os discípulos possam nutrir-se d’Ele e viver em comunhão íntima e real com Ele.
O Pontífice ressaltou que, na Santa Ceia, Jesus agiu movido pelo Espírito Santo, com o qual se ofereceu depois na cruz. “É o amor divino que transforma: o amor com o qual Jesus aceita, antecipadamente, dar-se inteiramente por nós. Este amor nada mais é senão o Espírito Santo, o Espírito do Pai e do Filho, que consagra o pão e o vinho e muda a sua substância no Corpo e no Sangue do Senhor, tornando presente no Sacramento o próprio Sacrifício que se realiza depois de maneira cruenta na Cruz”.
“Cristo foi o sacerdote verdadeiro e eficaz porque estava cheio da força do Espírito Santo, cheio da plenitude do amor de Deus e isto precisamente na noite em que foi traído, na hora das trevas”, disse o Papa, e destacou que “o poder divino do sacerdócio de Cristo transforma a extrema violência e a extrema injustiça em um ato supremo de amor e de justiça”.
E concluiu afirmando que “este é o trabalho do sacerdócio de Cristo, que a Igreja herdou e perpetua na história, na dupla forma do sacerdócio: a comum aos batizados e pelos ministros ordenados, para transformar o mundo com o amor de Deus”.
Por causa da chuva, a procissão eucarística teve que ser suspensa e a adoração a Eucaristia foi realizada no interior da Basílica.

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Gratidão Papa Bento XVI

Gratidão Papa Bento XVI
Deus, Pastor e Guia de todos os fiéis, olhai com benevolência para o vosso servo o nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI que quisestes colocar à frente de vossa Igreja. Concedei-lhe, nós Vos suplicamos, a graça de a edificar com suas palavras e seu exemplo. E que, desta maneira, chegue um dia à vida eterna com todos os que lhe foram confiados. Assim seja. (Click na Imagem acima e saiba tudo sobre o VATICANO).