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1º DE JANEIRO
SOLENIDADE SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS
HOMILIA DO PAPA BENTO XVI
Basílica Vaticana
Sábado, 31 de Dezembro de 2011
Sábado, 31 de Dezembro de 2011
Senhores Cardeais,
venerados Irmãos no Episcopado e no Presbiterado,
ilustres Autoridades,
queridos irmãos e irmãs!
Estamos reunidos na Basílica Vaticana para celebrar as primeiras Vésperas da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, e para agradecer ao Senhor, no final do ano, cantando juntos o Te Deum. Agradeço a todos vós que quisestes unir-vos a mim nesta circunstância tão cheia de sentimentos e significado. Saúdo, em primeiro lugar, os senhores Cardeais, os venerados Irmãos no Episcopado e no Presbiterado, os religiosos e religiosas, as pessoas consagradas e os fiéis leigos que representam a inteira comunidade eclesial de Roma. De modo especial, saúdo as Autoridades presentes, começando pelo Prefeito de Roma, a quem agradeço o cálice que doou, segundo uma bela tradição que se renova cada ano. Desejo de coração que, com o esforço de todos, a fisionomia da nossa cidade possa estar sempre mais em conformidade com os valores de fé, cultura e civilização que pertencem à sua vocação e história milenária.
Outro ano chega à sua conclusão enquanto que, com a inquietação, os desejos e as expectativas de sempre, esperamos um novo. Se pensarmos na experiência da vida, ficamos admirados de como ela é, no fundo, breve e fugaz. Por isso, muitas vezes nos questionamos: qual é o sentido que podemos dar aos nossos dias? Mais concretamente, qual é o sentido que podemos dar aos dias de fadiga e de dor? Esta é uma pergunta que atravessa a história, antes, atravessa o coração de cada geração e de cada ser humano. Mas existe uma resposta para esta pergunta: está escrita no rosto de um Menino que nasceu há dois mil anos, em Belém, e que hoje é o Vivente, ressuscitado para sempre da morte. No tecido da humanidade, rasgado por tantas injustiças, maldades e violências, surge de modo surpreendente a novidade, alegre e libertadora, de Cristo Salvador, que no mistério da sua Encarnação e do seu nascimento nos permite contemplar a bondade e a ternura de Deus. Deus eterno entrou na nossa história e permanece presente de modo único na pessoa de Jesus, o seu Filho feito homem, nosso Salvador, que veio à terra para renovar radicalmente a humanidade e libertá-la do pecado e da morte, para elevar o homem à dignidade de filho de Deus. O Natal não se refere somente ao cumprimento histórico dessa verdade que nos toca diretamente, mas que no-la dá novamente, de modo misterioso e real.
POSTAGEM COMPLETA: VATICANO