Odette Vidal de Oliveira - Odetinha
Carta revela a fé de Odetinha
Palavras ao irmão mostram forte religiosidade da menina que está prestes a virar santa
Uma carta escrita por Odette Vidal de Oliveira, a Odetinha, impressiona a todos que a leram pela religiosidade demonstrada com apenas 8 anos de idade, em 1938. Vítima de meningite e febre tifoide, ela morreu no ano seguinte. Hoje, 74 anos depois, começa oficialmente a abertura do processo de beatificação e canonização da criança. A partir das 13h, os restos mortais dela estarão numa urna, aberta à visitação na Igreja Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado.
Carta de Odetinha ao irmão | Foto: Reprodução
No texto, escrito em agosto de 1938, Odetinha parabeniza o irmão de criação, Fernando Pinto de Araújo, o Fernandinho, pelo aniversário de 12 anos. A relíquia foi guardada pela aposentada Lícia Maria Ribeiro de Araújo, de 76, viúva de Fernandinho. A devoção à menina é tanta que o casal batizou a filha do meio de Maria Odete e o caçula de Francisco, nome do pai de Odetinha.
“Meu marido sempre acreditou que ela era uma pessoa iluminada, especial. Mesmo muito rica, não aceitava saltar de carro em frente ao Colégio Sion, não usava joias e ensinava os funcionários da casa a ler e escrever”, contou Lícia.
Sigilo sobre a santidade
Mas, com muita humildade, a madrinha preferia dizer que a filha tinha amiguinhos, não devotos”, afirmou David. Ele ainda guarda o vestido de primeira comunhão da garota e um par de luvas que ela costumava usar.
Amanhã, os restos mortais de Odetinha continuam expostos para visitação em igreja do Largo do Machado. No domingo, Dia de São Sebastião, a urna chega à Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, às 9h20, e, às 19h30, segue para a Basílica das Imaculada Conceição, em Botafogo, onde ficará até a beatificação.