terça-feira, 7 de junho de 2011

Intercessão, Palavras do Papa Bento XVI

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"Com a oração, desejando o desejo de Deus, o intercessor entra sempre mais profundamente na consciência do Senhor e da sua misericórdia e torna-se capaz de um amor que chega até o dom total de si", destacou.
Enquanto Moisés encontra-se sobre o monte Sinai para receber as tábuas da Lei, aos pés do monte o povo a transgride. Incapazes de resistir à espera e à ausência do mediador, Moisés, os Israelitas desejam uma presença tangível, palpável, do Senhor, e encontram no bezerro de metal fundido um deus acessível, ao alcance do humano.

"É essa uma tentação constante no caminho de fé: contornar o mistério divino construindo um deus compreensível, correspondente aos próprios esquemas, aos próprios projetos. Aquilo que acontece no Sinai mostra toda a estupidez e a ilusória vaidade dessa pretensão", alerta.



Catequese de Bento XVI sobre Oração

"Agora, deixa, pois, que se acenda minha ira contra eles e os reduzirei a nada; mas de ti farei uma grande nação" (Ex 32,10), diz Deus a Moisés. Segundo Bento XVI, é quase como que se o Senhor não quisesse agir sem a permissão de Moisés.

"Na realidade, esse 'deixa que se acenda minha ira' é dito exatamente para que Moisés intervenha e Lhe peça para não fazê-lo, revelando assim que o desejo de Deus é sempre de salvação. [...] O pedido do intercessor pretende manifestar a vontade de perdão do Senhor. Essa é a salvação de Deus, que implica misericórdia, mas ao mesmo tempo denuncia a verdade do pecado, do mal que existe, e assim deseja que o pecador, reconhecido e rejeitado o próprio mal, possa deixar-se perdoar e transformar por Deus. A oração de intercessão torna-se assim operante, dentro da realidade corrompida do homem pecador, a misericórdia divina, que encontra voz na súplica do orante e se faz presente através dele ali onde há necessidade de salvação", explicou.

A súplica de Moisés centra-se sobre a fidelidade e a graça do Senhor, destacando que a obra de salvação iniciada deve ser completada. "Se Deus destruísse o seu povo, isso poderia ser interpretado como sinal de uma incapacidade divina de levar a cumprimento o projeto de salvação. Deus não pode permitir isso: Ele, o Senhor bom que salva, a garantia da vida, é o Deus de misericórdia e perdão, de libertação do pecado que mata. E, assim, Moisés apela a Deus, à vida interior de Deus contra a sentença exterior. A intercessão, de fato, deseja que o povo de Israel seja salvo, porque é o rebanho que lhe foi confiado, mas também para que naquela salvação se manifeste a verdade realidade de Deus. Amor pelos irmãos e amor por Deus se compenetram na oração de intercessão, são inseparáveis", ressalta o Papa.

Moisés apela à fidelidade de Deus e lembra-o de suas promessas. Nesse sentido, segundo o Bispo de Roma, "o intercessor não se desculpa pelo pecado de seu povo, não elenca presuntos méritos nem do povo nem seus, mas apela à gratuidade de Deus: um Deus livre, totalmente, que não cessa de buscar aquele se distanciou, que se mantém sempre fiel a si mesmo e oferece ao pecador a possibilidade de voltar a Ele e de tornar-se, com o perdão, justo e capaz de fidelidade".

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Gratidão Papa Bento XVI

Gratidão Papa Bento XVI
Deus, Pastor e Guia de todos os fiéis, olhai com benevolência para o vosso servo o nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI que quisestes colocar à frente de vossa Igreja. Concedei-lhe, nós Vos suplicamos, a graça de a edificar com suas palavras e seu exemplo. E que, desta maneira, chegue um dia à vida eterna com todos os que lhe foram confiados. Assim seja. (Click na Imagem acima e saiba tudo sobre o VATICANO).