Bento XVI
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 1 de junho de 2011
Por ocasião das celebrações do centenário de fundação do Instituto Pontifício de Música Sacra,
Bento XVI enviou uma carta ao grão-chanceler do Instituto, cardeal Zenon Grocholewski, que a
leu no último dia 26, na abertura do congresso internacional de música, que se estendeu até
esta quarta-feira.
O Instituto, explicou o Papa, depende da Santa Sé e "faz parte da singular realidade académica
constituída pelas universidades pontifícias romanas", ao ser relacionado de maneira especial
ao Ateneu Santo Anselmo e à Ordem Beneditina.
Para captar claramente a identidade e a missão, observou, "é oportuno recordar que o Papa
São Pio X o fundou oito anos depois de ter emanado o motu proprio "Tra le sollecitudini", de
22 de novembro de 1903, com o qual levou a cabo uma profunda reforma no campo da música
sacra, voltando à grande tradição da Igreja contra as influências exercidas pela música profana,
especialmente operística".
Esta intervenção magisterial "precisava, para a sua realização na Igreja universal, de um centro
de estudo e ensino que pudesse transmitir de modo fiel e qualificado as linhas indicadas pelo
Sumo Pontífice, segundo a autêntica e gloriosa tradição que remonta a São Gregório Magno".
Nos últimos 100 anos, o Instituto "assimilou, elaborou e transmitiu os conteúdos doutrinais e
pastorais dos documentos pontifícios, como também do Concílio Vaticano II, concernentes à
música sacra, para que possam iluminar e guiar a obra dos compositores, dos maestros de
capela, dos liturgias, dos músicos e de todos os formadores neste campo"
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